No que diz respeito à origem da família Maxical, remonta á década 30, tendo sido Manuel Pinto o seu precursor até aos anos 50, a partir daí, seu genro, Abílio Antunes Pereira, iniciou o desenvolvimento da produção de cal, estendendo-se até 1959, data do seu falecimento.
Nestes anos, este senhor deu muito trabalho às pessoas dos lugares mais próximos, tendo sido um grande dinamizador, que levou o nome desta região a muitas zonas do país (Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra e muitas outras regiões).
Na década de 50 é introduzida no mercado a cal para estuques, e é aqui que o Abílio Antunes Pereira lançou a Cal da nossa região a grandes obras de estuque. Ex: Santuário Nossa Senhora da Fátima, Palácio da Justiça e Comércio de Lisboa, Casino da Figueira da Foz, entre outras
Após o seu falecimento, a sua mulher, Laura Jesus Pinto abraçou o negócio com coragem, tenacidade, espírito de sacríficio, lutou contra tudo e todos, bancos, fornecedores e calúnias, conseguindo transmitir aos seus filhos o legado do seu marido.
Quanto aos trabalhos de fabricação de Cal Gorda, foi ao longo dos anos evoluindo no sentido de criar melhores condições de trabalho e aumento de produção.
A partir daí, é formada mais tarde a Maxical, que teve um desenvolvimento forte até aos anos 2000.
Atualmente, ainda se fabrica Cal em fornos tipo Artesanal, sendo já no nosso País uma raridade, esta Cal de características muito específicas destinada especialmente a nichos de mercado, nomeadamente para execução de trabalhos de Reconstrução, Reabilitação, Conservação, Restauros e Caiações pois tem nestas atividades uma excelente aceitação. A Maxical mantém a produção em fornos artesanais face à diferenciação que desde sempre houve em determinados mercados onde esta Cal se aplica.
Estamos cientes que esta forte procura deriva do criterioso processo de selecção da matéria-prima e deste tipo de produção artesanal.
Trabalhamos afincadamente no sentido de valorizar este tipo de actividade e produto dela derivado, pois é fundamental e de grande importância, de forma a inverter a tendência de desaparecimento o reconhecimento deste produto em termos económicos e culturais, pelas suas reais características que o tornam polivalente e incomparável.